sábado, 2 de fevereiro de 2019

Alvaro Dias retira a candidatura para dificultar a eleição de Renan

Senador disse que a velha política ainda está muito viva no Senado. Contou que lançou a candidatura para trazer a mudança escrita nas urnas, mas não quer ser responsabilizado pelo resultado que a maioria da população, segundo ele, não deseja: a eleição de Renan Calheiros (MDB-AL).



Fonte: Senado

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Cientistas israelenses, "cura para o câncer chega em um ano"

Cientistas dizem ter conseguido criar um composto capaz 
de "curar completamente" o câncer em menos de um ano
Cientistas israelenses que trabalham na empresa Accelerated Evolution Biotechnologies (AEBi), fundada no ano 2000, dizem ter conseguido criar um composto capaz de "curar completamente" o câncer em menos de um ano. A informação foi divulgada pelo jornal israelense The Jerusalem Post.

"Acreditamos que daqui a um ano teremos a cura completa para o câncer. Ela será eficaz desde o primeiro dia, durará algumas semanas e não terá efeitos colaterais sérios, além de ter um custo muito menor do que a maioria dos tratamentos existentes no mercado", comenta o pesquisador Dan Aridor, diretor do conselho da AEBi, em entrevista para o periódico.

O tratamento está sendo chamado de MuTaTo (multi-target toxin, ou toxina de múltiplos alvos, em tradução livre) e consiste numa espécie de "antibiótico" contra o tumor, segundo o cientista.

O composto anti-câncer potencialmente revolucionário é baseado na tecnologia SoAP, que envolve a incorporação do DNA de determinada proteína dentro de um bacteriófago (vírus que infecta bactérias). Essa proteína é então exposta na superfície do micro-organismo "hospedeiro". Com isso, os pesquisadores podem usar as proteínas exibidas pelos bacteriófagos como forma de rastrear interações com outras proteínas, com material genético ou com pequenas moléculas.

A ideia, segundo Aridor esclarece ao The Jerusalem Post, é que o tratamento seja capaz de atingir três alvos ou células cancerosas de uma só vez, o que o torna mais eficaz do que os remédios usados atualmente, que, normalmente, são direcionados a um alvo específico e que pode sofrer mutações e metástase (multiplicação).

O MuTaTo usa uma combinação de vários peptídeos para atingir cada tipo de célula cancerosa ao mesmo tempo, associada a uma toxina peptídica capaz de matar apenas o tumor. "Nós nos certificamos de que o tratamento não será afetado pelas mutações; as células cancerosas podem até sofrer mutações e ainda assim os receptores alvos acabarão sendo eliminados", esclarece o pesquisador Ilan Morad, CEO da AEBi, também em conversa com o jornal israelense.

Por enquanto, a novidade foi testada apenas em cobaias e o próximo passo é passar para os testes clínicos, em pacientes com câncer. Eles não informaram quando isso será feito.

Inscrições para o curso de Física da UAB vão até hoje

Expira nesta quinta-feira (31) o prazo para inscrições no processo de seleção simplificada para o curso de Licenciatura em Física, na modalidade a distância, pela Universidade Aberta do Brasil (UAB). O Instituto Federal do Piauí (IFPI) é a instituição ofertante e a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) é parceira no programa que leva o ensino superior 50 polos nos municípios piauienses.
Em 2019, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) disponibilizou 3.600 vagas para os polos do Piauí, nos cursos de História, Espanhol, Ciências Contábeis, Matemática, Administração Pública, Inglês, Física, Português, Geografia, Turismo e Ciências da Natureza, que ofertou vagas até dia 10/01. Neste mês de janeiro já estão disponíveis 700 vagas.
O superintendente de Ensino Superior da Seduc, Ellen Gera, observa que da totalidade de polos da UAB do Estado, 37 são de responsabilidade Seduc, que é mantenedora da estrutura física, tecnológica e de gestão de coordenação.
"O ensino superior na modalidade a distância cresceu muito na gestão do governador Wellington Dias. Além da UAPI, mantida exclusivamente com recursos do Governo do Estado, temos a UAB, que terá mais quatro polos em 2019 conseguidos com muito esforço. Para o novo curso de Licenciatura em Física as inscrições já estão abertas ofertando 175 vagas. O curso de Física é essencial para o desenvolvimento do ensino tecnológico e cientifico do Piauí", relata o superintendente.
Os novos polos foram autorizados pela CAPES nos municípios de Altos, Avelino Lopes, Fronteiras e José de Freitas. Já as turmas de Física estão sendo disponibilizadas nos municípios de Campo Maior, Buriti dos Lopes, Floriano, Monsenhor Gil e Valença. As inscrições acontecem até o dia 31 de janeiro.
O secretário de Estado da Educação, Hélder Jacobina, explica essa é mais uma conquista importante para expansão do ensino superior público no Estado.
"Nessa gestão, já levamos cursos técnicos para todos municípios e levaremos ensino superior também a todos, quando teremos o ciclo completo da educação em todos os municípios do Piauí. Esse é um grande feito e acredito que seremos o único estado do Brasil a ter Ensino Infantil, Fundamental, Médio, Técnico e Superior próximo de todos", completa o secretário.
Clique aqui e faça sua inscrição para Física

Fonte: SEDUC - PI

domingo, 27 de janeiro de 2019

O Brasil tecnológico

Empresas apoiadas pelo PIPE da FAPESP conquistam mercados nos Estados
Unidos, Europa e China com Soluções tecnológicas desenvolvidas 
(foto: sistema inteligente de inspeção de qualidade/Autaza)
A AB InBev utilizará a tecnologia Flowe da I.Systems para aumentar a eficiência das linhas de produção em suas fábricas nos Estados Unidos. O Departamento de Defesa (DoD) dos Estados Unidos escolheu a Griaule Biometricscomo fornecedora de sistema de identificação e certificação de dados biométricos de mais de 80 milhões de cidadãos do Iraque e Afeganistão. E a GM norte-americana, assim como a Peugeot, na Alemanha, adotaram recentemente sistema inteligente de inspeção de qualidade de peças desenvolvido pela Autaza Tecnologia.
Além do apoio do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da FAPESP, essas empresas têm em comum a mesma visão de negócios: a de que a inovação tecnológica não deve conhecer fronteiras. “A FAPESP espera e incentiva que as empresas do PIPE tenham alvos mundiais, o que é levado em conta na seleção dos planos de negócios dos projetos de pesquisa mais promissores. Romper os limites do mercado interno precisa ser um desafio permanente para a indústria no Brasil, especialmente quando beneficiada por subsídios com recursos do contribuinte”, diz Carlos Henrique Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.
“O processo de internacionalização da I.Systems começou em 2016, quando introduzimos a Leaf na mineradora BHP, na Austrália”, conta Igor Santiago, presidente da empresa instalada em Campinas. Produto de estreia da I.Systems no mercado, a tecnologia Leaf utiliza inteligência artificial para o controle e estabilização de processos industriais. Apoiada pelo PIPE e pelo programa PIPE/PAPPE Subvenção – uma parceria da FAPESP com a Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep) – e com pedidos de patente nos Estados Unidos, Canadá, Índia e Austrália, a tecnologia já foi adotada por indústrias de setores diversos como agronegócio, química, papel e celulose, além de mineração, entre outros.
Mas foi com o seu segundo produto, o Flowe, baseado em machine learning, que a empresa chegou à Ambev que a recomendou à holding, a AB Inbev, a maior cervejaria do mundo. “Ainda neste primeiro semestre teremos os primeiros projetos rodando nos Estados Unidos”, afirma Santiago.
A tecnologia Flowe se diferencia de produtos similares da concorrência em dois quesitos estratégicos: o tempo de implantação – um mês, no caso do Flowe; seis meses a dois anos, no caso da concorrência – e o modelo de comercialização. “Utilizamos a modalidade de contrato Saas (Software as a service): o cliente paga por mês”, resume Santiago.
Crescendo a uma taxa de 50% ao ano nos últimos cinco anos, a I.Systems tem previsões ambiciosas para o próximo quinquênio. “O plano é atender o mercado da América do Sul a partir da operação no Brasil e ter presença forte nos Estados Unidos”, prevê Santiago.
Inovação competitiva
A multimodalidade do software desenvolvido pela Griaule – identifica indivíduos por impressões digitais e palmares, voz, imagens faciais e íris – garantiu à empresa de Campinas um contrato de US$ 75 milhões com o DoD em setembro do ano passado. No mês seguinte, a Griaule foi escolhida também pelo Departamento de Segurança Pública do estado norte-americano do Arizona para auxiliar investigações policiais e de antecedentes criminais de funcionários públicos.
A Griaule contou com o apoio do PIPE da FAPESP no desenvolvimento de três projetos: o aprimoramento de seu sistema de identificação por impressões digitais e de reconhecimento da face e na criação de um sistema de identificação de voz . “Sem o apoio financeiro da FAPESP, não teríamos chegado a esse ponto”, disse Iron Daher, diretor-presidente da empresa, à revista Pesquisa FAPESP (Saiba mais sobre o contrato da Griaule com o Pentágono em reportagem da revista Pesquisa FAPESP).
O caráter inovador do sistema de inspeção inteligente abriu à Autaza, de São José dos Campos, os mercados norte-americano e europeu. A história remonta a 2016, quando três pesquisadores do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) desenvolveram, em parceria com a General Motors (GM), em São Caetano do Sul, o protótipo de sistema que utiliza visão computacional e inteligência artificial para detectar defeitos na carroceria de veículos, em substituição à inspeção visual.
Além de testar a tecnologia, a GM autorizou o uso da propriedade intelectual do sistema – assim constituiu-se a Autaza – e ainda o adotou nas fábricas dos Estados Unidos e da Alemanha, onde, até 2017, produzia a marca Opel – a unidade alemã foi posteriormente vendida para a Peugeot e BNP Paribas, mas segue cliente da Autaza.
A mesma tecnologia de inspeção inteligente também é utilizada para identificar defeitos na pintura de materiais compósitos utilizados pela aeronáutica, o que abriu à empresa um outro mercado, trazendo clientes do porte da Embraer.
A Autaza, agora, está abrindo uma subsidiária em Ann Arbor-Michigan, próxima a Detroit, berço da indústria automobilística mundial, e a três horas de Chicago, sede da Boeing. As operações de venda serão iniciadas em abril deste ano. “O escritório fica na Aceleradora de Negócios Spark. Além de expandir mercados, o objetivo é homologar nossos sistemas nas principais montadoras mundiais e fechar acordos comerciais com parceiros locais”, afirma Renan Padovani, sócio da empresa.
A Autaza teve apoio da FAPESP no desenvolvimento do algoritmo de classificação de defeitos em carrocerias e no desenvolvimento industrial e comercial do produto. “Estamos agora criando o primeiro scanner 3D nacional para detecção de defeitos e implementando a robótica em nosso sistema de inspeção”, resume Padovani.
EUA: um mercado em expansão
Além da Autaza, várias empresas apoiadas pelo PIPE já se instalaram fisicamente no mercado norte-americano. É o caso da Finamac, fabricante de máquinas de sorvete, em São Paulo, com 60 empregados. “Tínhamos um escritório nos Estados Unidos e, agora, temos também um galpão e cinco funcionários responsáveis pela montagem dos equipamentos”, diz Marino Arpino, fundador da Finamac.
O investimento se justifica: o mercado norte-americano representa 50% do faturamento da empresa e a tendência é de crescimento. “Estamos negociando a distribuição com uma empresa que atende o mercado de fast-food. Vamos sair da venda no varejo para o atacado”, ele prevê. A empresa também aposta na receptividade do mercado para duas novas linhas de produtos que está desenvolvendo com o apoio do PIPE: uma nova tecnologia para picolé industrial, em fase de patenteamento, e uma máquina multifuncional robotizada para a fabricação de picolés. “Os dois produtos foram concebidos especificamente para o mercado norte-americano; todos os componentes são americanos. O custo de importação inviabilizaria a fabricação aqui no Brasil”, justifica.
Outro exemplo é o da Agrosmart, de manejo integrado de pragas, instalada em Campinas, com clientes no México, Guatemala, Peru, Honduras Colômbia e Israel e que, recentemente, instalou uma subsidiária nos Estados Unidos. “O carro-chefe de nossas vendas externas são as tecnologias de monitoramento climático, envolvendo controle de pragas e previsão meteorológica, que utilizam inteligência artificial para soluções mais assertivas”, diz Marcus Sato, engenheiro agrônomo da empresa.
Além de vendas, a subsidiária norte-americana da Agrosmart é estratégica para a sua cadeia de suprimentos, prospecção de clientes do segmento corporativo e investimento de venture capital. “Começamos o nosso processo de internacionalização em 2018, e em 2019, a meta é aumentar esse esforço. A estratégia é consolidar a empresa como principal plataforma de agricultura digital na América Latina”, afirma Mariana Vasconcelos, CEO da Agrosmart.
A empresa está desenvolvendo uma armadilha automática para pragas com apoio do PIPE/PAPPE Subvenção .
A caminho da China
Algumas das empresas apoiadas pelo PIPE concebem a inovação mirando o mercado externo. A Hoobox Robotics, que desenvolveu plataforma de reconhecimento facial, batizada com o nome de Wheelie, que traduz expressões do usuário em comandos para cadeira de rodas, arquitetou seu plano de negócios de olho em demanda dos Estados Unidos. Hoje, a empresa tem cerca de 60 clientes em 14 estados norte-americanos e “uma lista de espera de 300 pessoas”, conforme Paulo Gurgel Pinheiro, CEO da Hoobox.
Desde 2018, integra um programa de aceleração da Intel, o AI for Social Good, com o apoio do qual pretende otimizar o desempenho dos algoritmos do sistema de reconhecimento facial utilizando hardwares e softwares da empresa. Na edição de 2019 da Consumer Eletronics Show (CES), em Las Vegas, a plataforma da Hoobox foi destaque no estande da Intel.
A empresa está abrigada na Eretz bio, incubadora de startups da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, em São Paulo, e incubada no JLabs Houston, no Texas, da Johnson&Johnson. E, desde o final do ano passado, começou a instalar uma subsidiaria em Suzhou, na China, que oferecerá a tecnologia de reconhecimento facial para uso em segurança. “Atenderemos, inicialmente clientes em Shanghai, Qingdao, Nanjing e Shenzhen”, conta Pinheiro (saiba mais sobre a Hoobox e sua expansão internacional em agencia.fapesp.br/29630/agencia.fapesp.br/23139/; e pesquisaparainovacao.fapesp.br/802).
Ele tem planos de trazer Wheelie para o Brasil, mas antevê alguns obstáculos em relação ao modelo de negócios. “Nos Estados Unidos não cobramos pelo kit; utilizamos o modelo de assinatura que custa US$ 300 por mês, que não parece funcionar bem no Brasil”, justifica.
A Hoobox teve recursos do PIPE da FAPESP na fase de teste da tecnologia e segue apoiada pela Fundação no desenvolvimento de novas funcionalidades do produto. 
CFlex, de Campinas, também tem, atualmente, clientes exclusivamente no exterior. A empresa desenvolveu ferramenta de planejamento de tráfego ferroviário – que permite a gestão da circulação dos trens, cruzamentos, tempos de parada, alocação de equipe de maquinista, dentre outros, implantada na mineradora Rio Tinto, na Austrália; na Ferrosur Roca, na Argentina; e na Empresa de los Ferrocarriles del Estado (EFE), no Chile.
“O primeiro PIPE, em 2004, teve como foco o desenvolvimento da solução por meio de parcerias com ferrovias nacionais. Seguindo o plano inicial, cerca de alguns anos depois o produto passou a ter como alvo as ferrovias no exterior”, afirma Carlos Eduardo Carneiro, vice-presidente e CFO da empresa. “O mercado nacional é pequeno para este tipo de solução”.
Inicialmente voltada para o transporte de cargas, a ferramenta CFlex Movement Planner (CMP) incorporou, nas fases 2 e 3 do PIPE, um gerenciador de algoritmos – o Meta Planning – que permite a sua utilização em outras modalidades de transportes como, por exemplo, trens de passageiros ou em operações mistas. “Dependendo do tipo de operação da ferrovia, o gerenciador define qual algoritmo utilizar para produzir o melhor resultado”, explica Carneiro.
A empresa investe no Meta Planning para expandir o mercado. “Na fase atual do PIPE, a estratégia é aumentar a visibilidade da CFlex, do CMP e do seu componente Meta Planning, por meio da participação em feiras ferroviárias com estande próprio e da publicidade em revistas especializadas, na internet, Youtube e Google Adwords, com foco principal nos mercados da Austrália, Europa, Estados Unidos e Canadá.”
Todos os projetos, ele sublinha, foram desenvolvidos com apoio da FAPESP, nas fases 12 e 3 do PIPE.
Garantia de qualidade
A inserção de um produto nos mercados nacional ou internacional pode exigir certificações, seja da empresa ou do produto. A Kryptus, empresa de segurança de informação instalada em Campinas – que tem entre seus clientes no Brasil a Savis, subsidiária da Embraer, o Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército de Brasileiro (CCOMGEX) e a Mectron Comm, entre outras –, é qualificada como Empresa Estratégica de Defesa (EED) pelo Ministério da Defesa, e alguns de seus produtos são homologados junto à ICP-Brasil - Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira, do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI).
No Brasil, as duas certificações abrem à Kryptus tanto o mercado formado por órgãos do Estados – o Exército Brasileiro, Receita Federal, Tribunal Superior Eleitoral, entre outros, são clientes –, como o mercado privado – Valid Certificadora, Certisign, OKI, além de diversas universidades como a de São Paulo (USP), por exemplo.
A carteira de clientes no exterior começou a crescer em 2016, quando a empresa foi investida por um grupo Suíço – que detém 15% de seu capital. “Hoje, entre 30% e 40% do faturamento da empresa correspondem a exportação da tecnologia para a América Latina (Colômbia, Peru e Chile), Europa e Estados Unidos”, diz Roberto Gallo, sócio da empresa.
O desafio agora, ele diz, é obter a certificação norte-americana FIPS 140-2, emitida pelo National Institute of Standards and Technology (NIST), para o seu produto kNET. “O processo já está em curso e nossa expectativa é obter a certificação ainda este ano. A partir daí, não teremos mais fronteiras”, diz Gallo.
Apoiada pelo PIPE, a empresa desenvolveu um módulo criptográfico de alto desempenho (HSM), testou a viabilidade técnica de sua aplicação em nuvem, e, com recursos do PIPE/PAPPE Subvenção, preparou o produto para a sua comercialização no mercado interno e externo. 

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Sustentável e menos poluente, novo processo utiliza nanopartículas para a captura e produção de metais

Uma nova tecnologia para processamento de minérios, desenvolvida na Universidade de São Paulo (USP), poderá revolucionar a mineração, principalmente a extração do cobre. Chamada de nanohidrometalurgia magnética (NHM), é 100% brasileira e considerada “verde” porque o impacto ambiental é mínimo se comparado com outras práticas do setor. A técnica é realizada em meio aquoso, com uso de nanopartículas supermagnéticas em vez de solventes orgânicos, como o querosene, por exemplo, utilizado nos processos convencionais. Coordenado pelo químico Henrique Toma, professor do Instituto de Química da USP (IQ-USP), o artigo que reúne os trabalhos do grupo que levaram ao desenvolvimento da tecnologia foi publicado na revista Green Chemistry e rendeu um pedido de patente.

Desenvolvido por Ulisses Condomitti durante a elaboração da tese de doutorado realizada sob orientação de Toma e defendida no IQ-USP, o novo processo emprega a nanotecnologia para renovar e aperfeiçoar um procedimento já aplicado pela indústria mineradora, a hidrometalurgia. “Entre as vantagens da nanohidrometalurgia está a possibilidade de executar todas as etapas em um único procedimento sequencial, no mesmo reator operando em condições ambientais, dispensando o tradicional uso de extração com solventes orgânicos, tratamentos ácidos e etapas de concentração, além de diminuir a produção de rejeitos”, explica Toma. “As nanopartículas captadoras de metais são integralmente regeneradas após o procedimento, sem nenhum tratamento adicional.”

O novo processo desenvolvido na USP é uma alternativa para a hidrometalurgia convencional, que começa com a lixiviação, um procedimento para a separação dos minérios por meio de ácido ou, alternativamente, com bactérias, seguido do tratamento químico com agentes complexantes – que formam compostos – de metais. A diferença é que o agente químico complexante e o solvente usado para extração do metal são substituídos por nanopartículas superparamagnéticas controladas por campo magnético e produzidas com magnetita (óxido de ferro). Elas são misturadas em uma solução aquosa rica em sais de cobre. Após alguns minutos, os íons de cobre (Cu2+) dissolvidos se ligam às nanopartículas por meio do agente complexante presente em sua superfície, e elas são atraídas para a superfície de um eletrodo, também imerso, sob ação  de um ímã posicionado do lado externo. Dessa forma, as nanopartículas com os sais de cobre ficam concentradas sobre a superfície do eletrodo. Em seguida é aplicada energia elétrica sobre o eletrodo que causa a migração e a transferência de elétrons dos íons de cobre para o eletrodo, gerando o cobre metálico (Cu).

Depois de cerca de cinco minutos de aplicação de eletricidade, as nanopartículas liberam praticamente todo o metal que se encontrava ligado a elas. “A eletrodeposição proporciona um cobre com pureza de 99,9%”, diz Toma. “As nanopartículas, por sua vez, são liberadas para uso posterior.” Segundo Toma, o experimento realizado em laboratório mostrou-se vantajoso em relação ao processo tradicional de hidrometalurgia na economia de tempo. Com nanotecnologia, a obtenção de cobre metálico acontece em alguns minutos, enquanto no processo industrial atual leva sete dias.

Outra vantagem é que todo o processamento pode acontecer em um mesmo recipiente (ver infográfico). As partículas são atraídas para as placas metálicas dos eletrodos de cobre, e a eletrodeposição acontece de forma localizada. Não há necessidade de transporte até outro reator como ocorre na hidrometalurgia convencional. Isso significa redução de custo, simplificação de processo e maior racionalidade. “A nanohidrometalurgia magnética também gera menor quantidade de descartes”, diz Toma. “Existe ainda a possibilidade de automatização, usando reatores de menor dimensão.” De acordo com o pesquisador, a nova técnica também é aplicável a vários metais estratégicos, incluindo o processamento das terras-raras, um trabalho em desenvolvimento no IQ-USP. O próximo passo do grupo é transferir a tecnologia para alguma empresa. Ele conta que duas já demonstraram interesse, a 3M e a Caraíbas, a única mineradora no Brasil que produz cobre metálico, embora insuficiente para o mercado interno.

Toma lista outros argumentos para demonstrar a importância da nova nanotecnologia, a começar pela importância do cobre – o principal metal a ser beneficiado –, fundamental em setores como construção civil, indústria elétrica, máquinas, transporte e eletrônica. No caso específico do Brasil, embora o país seja rico em minerais, não o é em cobre. “O dono das maiores reservas mundiais desse elemento é o Chile, com 38% do total”, informa Toma. “O Brasil detém cerca de 1,5% e o país não possui minérios ricos nesse elemento. O que existe é de baixo teor, em torno de 4% a 5%, porém adequado para uso com a nova tecnologia.” No mundo, segundo o químico, a mineração de cobre – e mesmo de outros metais – apresenta alguns problemas atualmente. Entre eles, estão o esgotamento gradual dos minerais de alto teor e o aumento de impactos ambientais, causados tanto pela extração como pelo processamento.


 Fonte: Revista Fapesp

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Principais software de química quântica



GAMESS O Sistema Geral de Estrutura Atômica, Molecular e eletrônico é uma ab initio geral pacote de química quântica , alternativa livre para o Gaussian.

Gaussian 03 é os pacotes de química computacional mais populares e amplamente utilizados, originalmente desenvolvidos pelo o ganhador do prêmio Nobel John Pople.

Firefly - PC GAMESS é otimizado versão para PC do GAMESS por Alex Granovsky para Windows e Linux.

GAMESS UK é uma ab initio programa de estrutura eletrônica molecular para realizar SCF-, DFT-, e cálculos MCSCF-gradiente, juntamente com uma variedade de técnicas de pós cálculos Hartree Fock.

Molpro é um sistema completo de ab initio programas para moleculares cálculos de estrutura eletrônica. Como distinto de outros pacotes de química quântica comumente usados, a ênfase está em cálculos altamente precisos, com vasta tratamento do problema de correlação eletrônica através do CI multiconfiguration-referência, conjunto acoplado e métodos associados.

The Massively Parallel Quantum Chemistry Program (MPQCC) calcula propriedades de átomos e moléculas de primeiros princípios usando o tempo equação de Schrödinger independente. Ele roda em uma ampla gama de arquiteturas que vão desde estações de trabalho individuais para multiprocessadores simétricos aos computadores maciçamente paralelos. Seu design é orientada a objeto, usando a linguagem de programação C ++.

NWChem é um pacote de química computacional, que é projetado para rodar em supercomputadores paralelos de alto desempenho, bem como os clusters de estações de trabalho convencionais. Destina-se a ser escalável tanto em sua capacidade de tratar grandes problemas de forma eficiente, e em seu uso de recursos disponíveis de computação paralela.

Q-Chem programa explora os mais recentes desenvolvimentos em ciência da computação, tendo adoptado uma abordagem orientada a objeto à elaboração do programa, o que só foi possível através da construção de um programa completamente novo a partir do zero. Esta decisão já está provando inestimável para permitir que os desenvolvedores a implementar rapidamente novas metodologias com facilidade e reduzir o código do programa redundância. O resultado é um programa altamente eficiente, com uma base de desenvolvimento flexível, tornando Q-Chem, Inc., a empresa de escolha para software química quântica.

ACES II implementa o Cluster Juntamente Muitos métodos e teoria de perturbação do corpo

COLUMBUS é uma coleção de programas de alto nível ab initio moleculares cálculos de estrutura eletrônica. Os programas são projetados principalmente para multi-referência (MR) cálculos prolongados na terra eletrônico e estados excitados de átomos e moléculas.

Molcas SCF / DFT, RASSCF, CASPT2, métodos CC, modelos de solvente, QM de interface / MM, Rápido, preciso e robusto código, apoio grátis e atualizações, código-fonte e ferramentas para o desenvolvimento.

Dalton é um poderoso programa de estrutura eletrônica molecular, com uma extensa funcional para o cálculo das propriedades moleculares no HF, DFT, MCSCF e níveis de CC da teoria.

Psi 2.0 é um pacote de programa de química quântica desenvolvido pelo grupo Schaefer. É capaz de avaliar SCF, MCSCF, CI, CCSD, e CCSD (T) energias e gradientes analíticos utilizando expansões sobre funções de base tipo Gaussian.

deMon  programa permite realizar cálculos DFT em grandes sistemas, incluindo metais de transição com precisão em um tempo relativamente curto.

HyperChem - Métodos computacionais incluem mecânica molecular, dinâmica molecular e métodos de orbitais moleculares semi-empíricos e ab initio.HyperChem Dados e HyperNMR ​​foram migrados para HyperChem, e novos recursos foram adicionados. Os novos recursos incluem Open GL Rendering, DFT, TNDO, CHARMM proteína Simulações, Molecules em Campos Magnéticos, e muito mais.

Jaguar é um pacote ab initio de alto desempenho para ambas as simulações de gás e fase de solução, com especial força no tratamento de sistemas de metal contendo, tornando-se a ferramenta mecânica quântica mais prática para resolver problemas do mundo real.

Spartan é uma ferramenta de software potente que aplica o poder da mecânica molecular e cálculos de química quântica em sua pesquisa química. Com a visualização state-of-the-art e algoritmos computacionais sofisticadas, Spartan fornece às organizações farmacêuticas e de biotecnologia com dados-chave a apoiar a identificação do alvo e validação, seleção e otimização de chumbo, e desenvolvimento de processos.

ArgusLab - uma modelagem molecular livremente licenciado, gráficos e programa de desenho de drogas. Gaussian 98 & Gaussian 03 interfaces: facilmente configurar e executar cálculos de Gauss em seu Windows PC local. Saídas, superfícies parcelas, etc. são automaticamente adicionados aos resultados dos cálculos na molécula Treeview. ArgusLab envolve o cálculo Gaussian de forma tão eficaz, você vai pensar que é uma parte de si ArgusLab. Você também pode salvar arquivos de entrada ArgusLab gerados para executar off-line Gaussian ou em outra máquina.

CASTEP é um pacote de software que usa a teoria do funcional da densidade para proporcionar uma boa descrição de nível atómico de todos os tipos de materiais e moléculas. CASTEP pode dar informações sobre as energias totais, as forças e tensões em um sistema atômico, bem como estruturas de banda calcular geometrias ideais,, espectros ópticos, espectros phonon e muito mais. Ele também pode realizar simulações de dinâmica molecular.

Insight II  é um ambiente de modelagem molecular sofisticada que fornece uma interface gráfica poderosa para algoritmos best-of-breed para dinâmica molecular, modelagem de homologia, de novo projeto, e eletrostática tornando-se a solução perfeita para os modeladores de proteína, químicos e biólogos computacionais estruturais .

MOE é um sistema de software abrangente que cubra as necessidades de disciplinas de pesquisa de hoje, incluindo Bioinformática, quimioinformática, Modelando Protein, estrutura baseada em projeto, High Throughput Descoberta e Modelagem Molecular e simulações.

SYBYLR é uma suíte de software de informática computacional projetado para melhorar os fluxos de trabalho de descoberta de drogas e de tomada de decisão de químicos computacionais e modeladores moleculares de hoje. Um padrão da indústria para mais de 20 anos ea base para ambiente de modelagem molecular especialista Tripos ', SYBYL fornece os componentes fundamentais para a compreensão da estrutura molecular e propriedades com ênfase na descoberta de chumbo candidatos.

Priroda 04 é uma suíte quantum-química programa criado por pelo DN Laikov projetado para o estudo de sistemas moleculares complexas pela teoria do funcional da densidade, com os MP2, MP3, MP4 e níveis de teoria de perturbação multiparticle, e pelo cluster juntamente único e método de dupla excitações (CCSD) com a aplicação de computação paralela.

DMol 3 é uma teoria do funcional da densidade original, precisas e confiáveis ​​(DFT) de código mecânica quântica para a investigação nas indústrias químicas e farmacêuticas.

Siesta (Iniciativa espanhol para simulações eletrônicas com milhares de átomos) é um método e sua implementação de programa de computador, para executar cálculos de estrutura eletrônica e dinâmica ab initio simulações moleculares de moléculas e sólidos.

DGauss é uma alta precisão, pacote de química computacional de alto desempenho que usa a teoria do funcional da densidade de prever estruturas moleculares, propriedades e energética.

PyQuante - Python Química Quântica é uma suíte de código-fonte aberto de programas para o desenvolvimento de métodos de química quântica. O programa é escrito na linguagem de programação Python, mas tem muitos módulos "determinante da taxa" também escritos em C para a velocidade. O código resultante não é tão rápido como Jaguar, Gaussian, ou GAMESS, mas o código resultante é muito mais fácil de entender e modificar. O objetivo deste software não é necessariamente para fornecer um programa de química quântica de trabalho (embora venha a fazer isso), mas sim proporcionar um conjunto bem-engenharia de ferramentas para que os cientistas possam construir os seus próprios programas de química quântica sem passar pelo tédio de ter que escrever cada rotina de baixo nível.

Mopac 6 é o programa de mecânica quântica semiempíricos mais amplamente distribuído em uso em todo o mundo criado por James Stewart JP.

WinMopac é baseado em MOPAC, com características addirional e novos métodos, ou seja MNDO-d e PM5.

AMPAC Programa Computacional Semi-empírica. Ele inclui SAM1, AM1, MNDO, PM3, MNDO / C, MINDO / 3 e MNDO / d métodos semiempíricos.

MSINDO é um programa orbital molecular semiempírico para o cálculo de propriedades moleculares de sistemas com elementos de primeira, segunda e terceira linha. É uma modificação do método original é SINDO1. A versão atual do MSINDO inclui parâmetros para os seguintes elementos: H, Li-F, Na-Cl, K-Br.

PyMOL é um open-source, sistema de visualização molecular patrocinado pelo usuário criado por Warren Lyford DeLano. É bem adequado para a produção de imagens em 3D de alta qualidade de pequenas moléculas e as macromoléculas biológicas, tais como proteínas. Quase um quarto de todas as imagens publicadas de estruturas de proteínas em 3D na literatura científica foram feitas usando PyMOL.

QC ++ é um software Linear Scaling Química Quântica com base no método Dividir para conquistar. A versão atual do QC ++ suporta os modelos quânticos semi-empíricos MNDO, AM1 e PM3. Ele permite calcular a energia de uma configuração molecular numérica e a sua inclinação por alguns auto campo consistente (SCF): algoritmos de ponto fixo, e de amortecimento óptimo nível de deslocamento.

Ascalaph é um Molecular Modelling Suite. Ascalaph Quantum é uma interface para a mecânica quântica programa PC GAMESS. Ascalaph Designer fornece a geração e edição de modelos moleculares. Ascalaph Graphics fornece a interface de janela e gráficos 3D.

PMViewMol - o programa para visualização rápida de moléculas em OS / 2 Warp. Com base na ViewMol3D .

Referência: 


Andrew Ryzhkov Page

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Nanotubos são testados para miniaturizar processadores

Técnica permitirá desenvolver novos circuitos 
eletrônicos
Um estudo desenvolvido por pesquisadores do Grupo de Polímeros “Prof. Bernhard Gross”, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, em parceria com a Durham University, no Reino Unido, visa construir e miniaturizar dispositivos para processamento de informações, a partir de um algoritmo evolutivo que interage com compostos à base de nanotubos de carbono dispersos em polímeros ou cristais líquidos. A técnica permitirá, por exemplo, desenvolver novos circuitos eletrônicos sem a reprodução dos seus componentes discretos (transistores).
Esse trabalho complementa uma linha de pesquisa que surgiu através da Nascence, uma rede de pesquisa em computação não-convencional nascida na União Européia, que engloba algumas instituições de ensino superior e de pesquisa daquele continente, objetivando modelar, compreender e explorar o comportamento da evolução de nanosistemas para construção de dispositivos de processamento de informação sem a necessidade de reproduzir componentes individuais.
Diogo Volpati, pesquisador do IFSC, explica que, no referido estudo, os nanotubos de carbono são dispersos em matrizes poliméricas ou de cristais líquidos, originando um compósito com características que os tornam capazes de realizar algumas tarefas computacionais. Para desempenhar as citadas tarefas, os nanotubos são “treinados” através de estímulos elétricos aplicados no compósito por um algoritmo computacional evolutivo, que modificam as propriedades dos materiais.
Algoritmo evolutivo
Ao mesmo tempo em que eu altero as propriedades dos nanotubos aplicando estímulos elétricos em suas diferentes regiões de acordo com um algoritmo evolutivo, outro programa de computador executa uma determinada tarefa computacional através da rede de nanotubos. “Só encerro o algoritmo evolutivo quando os nanotubos estiverem ‘treinados’, permitindo que o compósito execute a tarefa computacional designada”, explica ele.

O trabalho teve início em 2014,durante a realização do pós-doutorado do Diogo na Durham University (UK), com o professor Mike Petty, coordenador da School of Engineering and Computing Sciences, da instituição britânica. “Eu e o professor Mike trabalhamos no projeto da Nascence buscando e fornecendo novos materiais para serem testados pelos colaboradores europeus da área de ciências da computação”, explica Volpati.
A próxima fase desse estudo é criar um circuito elétrico real, porém, substituindo o polímero por cristais líquidos, uma vez que esses materiais habilitam os movimentos dos nanotubos de carbono dispersos na rede de cristais líquidos. Nosso principal objetivo é modificar as propriedades locais do meu material alterando a orientação espacial inicial dos nanotubos, para que ele execute as tarefas computacionais, ressalta.
Esse trabalho fortalece o desenvolvimento de pesquisas na área de fronteira entre a Física da Matéria Condensada e da Ciência da Computação, uma vez que materiais, como nanotubos, podem ser “treinados” com algoritmos evolutivos para executar tarefas computacionais. Em abril deste ano, dois artigos referentes ao citado estudo foram publicados no Journal Of Applied Physics.

FONTE: AGÊNCIA USP